" Era uma vez um escorpião desejoso de praticar o bem. Como não era bem visto pela comunidade local, resolveu ir viver do outro lado do rio. Lá, poderia exercitar seu altruísmo sem desconfianças.
Mas ele não sabia nadar e precisava atravessar de uma margem para a outra. E sua espécie ainda não havia acumulado o conhecimento náutico suficiente para construir um barco viável para fazer a travessia.
Então resolve pedir carona nas costas de um sapo. Vai lá conversar com ele para expor seu pleito.
O sapo o ouve atentamente. Pensa que o escorpião o está confundindo com um burro e declara:
- Senhor escorpião, não posso dar-lhe carona em minhas costas porque durante a travessia o senhor vai me ferroar.
O escorpião, leitor assíduo de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, replica imediatamente e diz:
- Senhor sapo, eu jamais o ferroaria na travessia, pois ao fazê-lo, o senhor afundaria e eu morreria afogado.
Realmente, sapo não é burro, mas é batráquio.
Pois não é que o sapo acatou o arrazoado do escorpião, reviu sua opinião e resolveu dar a carona!
Porém, em dado momento da travessia, o sapo sentiu penetrar profundamente o agulhão em sua carne sapal.
E, já se debatendo, ainda teve tempo de perplexamente perguntar ao escorpião:
- Mas por que?
E, antes da submersão, ouviu a seguinte resposta escorpiônica:
- É algo acima de mim, fora de meu controle, é da minha natureza!"
Mas ele não sabia nadar e precisava atravessar de uma margem para a outra. E sua espécie ainda não havia acumulado o conhecimento náutico suficiente para construir um barco viável para fazer a travessia.
Então resolve pedir carona nas costas de um sapo. Vai lá conversar com ele para expor seu pleito.
O sapo o ouve atentamente. Pensa que o escorpião o está confundindo com um burro e declara:
- Senhor escorpião, não posso dar-lhe carona em minhas costas porque durante a travessia o senhor vai me ferroar.
O escorpião, leitor assíduo de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, replica imediatamente e diz:
- Senhor sapo, eu jamais o ferroaria na travessia, pois ao fazê-lo, o senhor afundaria e eu morreria afogado.
Realmente, sapo não é burro, mas é batráquio.
Pois não é que o sapo acatou o arrazoado do escorpião, reviu sua opinião e resolveu dar a carona!
Porém, em dado momento da travessia, o sapo sentiu penetrar profundamente o agulhão em sua carne sapal.
E, já se debatendo, ainda teve tempo de perplexamente perguntar ao escorpião:
- Mas por que?
E, antes da submersão, ouviu a seguinte resposta escorpiônica:
- É algo acima de mim, fora de meu controle, é da minha natureza!"
As fábulas têm muito a nos ensinar. É no mundo da fantasia que vemos o quanto a nossa realidade pode ser fielmente retratada. O mundo está cheio de pessoas com boas intenções, porém há aquelas que são verdadeiros escorpiões. Conversas bonitas, propostas atraentes, a política do “quero tanto bem a você quanto para mim, para meus filhos, para os meus netos”. Indivíduos inocentes e de bom coração terminam se deixando levar por essas pessoas mesquinhas e venenosas que só visam o outro como algo para atingirem seus próprios interesses. As cadeias estão cheias de escorpiões, assim como os gabinetes são ocupados pelos nossos políticos venenosos. Em época de eleições podemos ver esses bichos peçonhentos em cima dos palanques prometendo soluções para tudo, mas depois que conseguem alcançar a margem almejada: ferro nos eleitores. E o cidadão-sapo vai afogando-se na pobreza, na falta de oportunidades, na sua desilusão. É dessa forma que Darwin tem sido rechaçado na sua Teoria da Evolução da Espécie. Segundo o cientista, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações “vantajosas”. Ou seja, para Darwin, os mais fortes e providos de recursos deveriam prevalecer, aumentando as chances de termos no planeta, as espécies mais resistentes. Se ele já conhecesse a fábula do Escorpião e o Sapo teria concluído que o futuro das gerações seria reservado à escória, aos que enganam, manipulam e nunca traem a sua pífia natureza. Comentário: Karina Merlo
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