quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de Cinzas da mídia demotucana


1) Por que, a exemplo do que fez tantas vezes com o PT, a mídia não parte do fato policial para resgatar o passado e o presente das relações políticas do Demo José Roberto Arruda?

2) Por que esquece - ou esconde? - entre outras coisas, que Arruda foi nada menos que líder de FHC na Câmara Federal?

3) Por que a mesma amnésia subtrai ao leitor que Arruda era a grande - e única - 'revelação administrativa' dos Demos (sobretudo depois do fiasco Kassab), e 'nome natural' para ocupar a vice-presidência na coalizão demotucana liderada por Serra?

4) Por que, súbito, abriu-se um precipício de silêncio midiático sobre as relações entre Serra e Arruda, omitindo-se, inclusive, 'o simpático' simbolismo da sintonia capilar entre ambos - mencionada por ninguém menos que o próprio governador tucano em evento conjunto em 2009?

5) Por que a obsequiosa Eliane Catanhede, da Folha, e os petizes da Veja, que tantas e tantas linhas destinaram a enaltecer a determinação de Arruda em 'cortar o gasto público' - e ainda o fazem na ressalva ao 'bom administrador que tropeçou na ética', segundo Catanhede - sonegam aos seus leitores a auto-crítica pelo peixe podre que venderam como caviar?

6) Por que, enfim, o esfarelamento da direta nativa abrigada nos Demos não merece copiosas páginas de retrospectiva histórica, que situe para os leitores a evolução daqueles que, como Arena e PFL, foram esteio da ditadura e da tortura e hoje são os aliados carnais de José Serra?

(Carta Maior e a Quarta-feira de Cinzas da mídia demotucana)

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